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Vargas: exemplo de jogador bom que pegou uma doença chamada Grêmio, fez uma temporada ruim, mas deu a volta por cima (Foto: Getty Images) |
ESPANHA
Reparem no cabelo de Iniesta. Há no grisalho dos fios da cabeça
do craque espanhol na conquista de 2010, na corrida perdida do Sérgio Ramos, a
definição do caos que a Fúria vive. A Espanha, como tudo na vida, envelheceu. Não
apenas no sentido físico. Ficou manjada. A curva entrou na decrescente e aí,
amigo, aí não dá pra voltar mais. Enfrentando a ira das arquibancadas, a Espanha
não se encontrou em campo nas duas partidas que disputou até aqui. É claro que
há o mérito dos adversários – Chile e Holanda serão duros adversários nas
oitavas, mas não há como negar a falta de força de reação da roja. Não acho,
todavia, que uma renovação era necessária para essa copa. Sou sempre favorável
ao arrastar até gastar e muito sofri na vida por causa disso – e a Espanha
agora também. Mas sigo achando importante ir até o fundo sempre, vivenciando
tudo no volume máximo. E é o que os espanhóis fizeram. Dificilmente surgirá no
país uma geração tão sensacional como essa, bicampeã da Eurocopa e dona do
único título mundial até o momento. Tirar dela tudo o que dá, raspar a panela
do brigadeiro até o final, até o momento em que o resultado na colher que raspa
tem gosto de panela. E aí talvez tenha chegado a hora de fazer a janta.
CHILE
Me surpreende muito a campanha chilena até aqui –
positivamente. Donos de uma inegável vocação ofensiva, os chilenos, antes da
competição começar, tinham seu desempenho posto em dúvida devido a baixa
estatura do time como um todo e principalmente de sua zaga. Tá certo que os
desafios até aqui não foram lá muito provadores, um jogo contra a Austrália
onde a equipe sofreu um gol e na sequência partida contra uma Espanha tonta e
sem intimidade algum com cruzamento para dentro da área, mas o Chile vai se
saindo muito bem até aqui.
Será também, muito provavelmente, o adversário do Brasil nas
oitavas – enfrentará nossa seleção pela terceira vez nas últimas cinco copas.
Não é favorito, mas vem jogando melhor do que os brasileiros.
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