terça-feira, 17 de junho de 2014

Argentina 2x1 Bósnia

Número 8 ali viu que caiu a casa (Foto: AP Photo/Victor R. Caivano)


ARGENTINA

Amigos, vamos colocar na mesa tudo o que pode ter acontecido no vestiário da seleção argentina antes do jogo contra a Bósnia: PRIMEIRA SUPOSUÇÃO: botaram alguma coisa na água deles. SEGUNDA SUPOSIÇÃO: colocaram o cd solo do Rodrigo Amarante pra tocar na preleção. TERCEIRA SUPOSIÇÃO: os jogadores assistiram antecipadamente ao capítulo o dia de Em família. QUARTA SUPOSIÇÃO: os atletas assistiram a uma aula de três horas de química orgânica. QUINTA SUPOSIÇÃO: assistiram a um jogo do Grêmio.
Enfim, alguma coisa aconteceu. Tipo o Brasil na final de 98. A seleção argentina veio bombada para a cuepa. Ao contrário da  portuguesa, que tem apenas um supercraque, alguns jogadores bons e muitos medianos, o time argentino é composto por um supercraque, alguns craques, muitos jogadores bons, alguns medianos e outros horrorosos (o goleiro Romero é triste). Além disso, vêm da Argentina uma das torcidas mais apaixonadas e mais fortes aficionadas por seleções. Algo que a torcida brasileira não tem, por exemplo – só estamos fortes nas arquibancadas porque jogamos em casa. Em suma, tudo para fazer uma grande copa. Mas, pelo menos na estreia, decepcionou e muito. Não apenas por Messi, que apesar de alguns lampejos de gênio teve uma atuação OK. A Argentina esteve sonolenta em campo, algo que não pode acontecer em uma competição rápida como a Copa do Mundo

MESSI

La Pulga venceu a maldição do segundo disco. Conseguiu marcar seu segundo golo em cuepas e a tendência é que só cresça daqui pra frente. Está muito mais maduro agora do que em 2006 na Alemanha, quando era um bebê, ou em 2010, quando tinha o peso extra de ser o então melhor do mundo (bastão passado agora para Caça Rato 7). Mas a verdade é que a atuação não foi tão boa, não. Eu mesmo daria um 7. De fato foi um golaço e a foto com os dois jogadores da Bósnia caídos ao chão é demais, mas, assim como toda a equipe argentina, Messi terá de melhorar muito se quiser ir longe.

DI MARÍA

Uma confissão: sou o culpado pela atuação pífia do magricelo argentino. Na noite anterior a da partida contra a Bósnia, eu e uns amigos nos reunimos para emocionantes partidas de FIFA, empolgados com o clima de cuepa. Peguei a Argentina, como costumo fazer. Foquei o trabalho em Di María, como costumo fazer. Acontece que ele jogou demais. Destruiu. O que deve ter acontecido, então, foi que Di María cansou demais tendo que entrar em uma realidade virtual, jogar ao menos duas partidas em uma única noite e ainda trocar de realidade paralela para disputar a estreia na copa do Brasil. Isso claramente explica o fato de o atleta simplesmente caminhar durante os 90 minutos de jogo.

BÓSNIA


Imagine você ser a seleção de um país. Imagine você, pela primeira vez na história, disputar uma Copa do Mundo. Ansiedade pura. Chega perto do jogo você tá que não se aguenta de nervosismo. O momento finalmente chega. Você entra em campo. Logo no início, porém, uma bola desviada bate no pé do seu zagueiro e mata o seu goleiro. É muita tristeza, principalmente para um país já com uma história triste, como a Bósnia. Alguém cantou a pedra lá no DP: Ibisevic tem que entrar. Dito e feito. Entrou e fez. Não pode sair. A Bósnia precisa de alguém que, pelo menos, faça gol. 

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