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Número 8 ali viu que caiu a casa (Foto: AP Photo/Victor R. Caivano) |
ARGENTINA
Amigos, vamos colocar na mesa tudo o que pode ter acontecido
no vestiário da seleção argentina antes do jogo contra a Bósnia: PRIMEIRA
SUPOSUÇÃO: botaram alguma coisa na água deles. SEGUNDA SUPOSIÇÃO: colocaram o
cd solo do Rodrigo Amarante pra tocar na preleção. TERCEIRA SUPOSIÇÃO: os
jogadores assistiram antecipadamente ao capítulo o dia de Em família. QUARTA SUPOSIÇÃO: os atletas assistiram a uma aula de
três horas de química orgânica. QUINTA SUPOSIÇÃO: assistiram a um jogo do
Grêmio.
Enfim, alguma coisa aconteceu. Tipo o Brasil na final de 98. A
seleção argentina veio bombada para a cuepa. Ao contrário da portuguesa, que tem apenas um supercraque,
alguns jogadores bons e muitos medianos, o time argentino é composto por um
supercraque, alguns craques, muitos jogadores bons, alguns medianos e outros
horrorosos (o goleiro Romero é triste). Além disso, vêm da Argentina uma das
torcidas mais apaixonadas e mais fortes aficionadas por seleções. Algo que a
torcida brasileira não tem, por exemplo – só estamos fortes nas arquibancadas
porque jogamos em casa. Em suma, tudo para fazer uma grande copa. Mas, pelo
menos na estreia, decepcionou e muito. Não apenas por Messi, que apesar de
alguns lampejos de gênio teve uma atuação OK. A Argentina esteve sonolenta em
campo, algo que não pode acontecer em uma competição rápida como a Copa do
Mundo
MESSI
La Pulga venceu a maldição do segundo disco. Conseguiu marcar
seu segundo golo em cuepas e a tendência é que só cresça daqui pra frente. Está
muito mais maduro agora do que em 2006 na Alemanha, quando era um bebê, ou em
2010, quando tinha o peso extra de ser o então melhor do mundo (bastão passado
agora para Caça Rato 7). Mas a verdade é que a atuação não foi tão boa, não. Eu
mesmo daria um 7. De fato foi um golaço e a foto com os dois jogadores da
Bósnia caídos ao chão é demais, mas, assim como toda a equipe argentina, Messi
terá de melhorar muito se quiser ir longe.
DI MARÍA
Uma confissão: sou o culpado pela atuação pífia do magricelo
argentino. Na noite anterior a da partida contra a Bósnia, eu e uns amigos nos
reunimos para emocionantes partidas de FIFA, empolgados com o clima de cuepa.
Peguei a Argentina, como costumo fazer. Foquei o trabalho em Di María, como
costumo fazer. Acontece que ele jogou demais. Destruiu. O que deve ter
acontecido, então, foi que Di María cansou demais tendo que entrar em uma
realidade virtual, jogar ao menos duas partidas em uma única noite e ainda
trocar de realidade paralela para disputar a estreia na copa do Brasil. Isso
claramente explica o fato de o atleta simplesmente caminhar durante os 90
minutos de jogo.
BÓSNIA
Imagine você ser a seleção de um país. Imagine você, pela
primeira vez na história, disputar uma Copa do Mundo. Ansiedade pura. Chega
perto do jogo você tá que não se aguenta de nervosismo. O momento finalmente
chega. Você entra em campo. Logo no início, porém, uma bola desviada bate no pé
do seu zagueiro e mata o seu goleiro. É muita tristeza, principalmente para um
país já com uma história triste, como a Bósnia. Alguém cantou a pedra lá no DP:
Ibisevic tem que entrar. Dito e feito. Entrou e fez. Não pode sair. A Bósnia
precisa de alguém que, pelo menos, faça gol.
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