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di María: um dos meus jogadores prediletos no FIFA (Foto: REUTERS/PAUL HANNA) |
Eu estava de plantão no sábado. Meu primeiro na web, que, embora legal, é visivelmente menos frenético do que o de Cidades e muito menos do que o de Polícia, onde tudo pode acontecer, de um rolezinho no calçadão (aconteceu no meu de duas semanas atrás) até um genocídio (um dia ainda vaiacontecer em um plantão meu, certeza). Enfim, fiquei um pouco triste por não poder ver a final da Champions League no sofá da minha casa, com cobertas até o queixo e um pacote de Ruffles de cebola e salsa acompanhado de um copão de coca. Ou no Cruz de Malta comendo croquete e tomando cerveja.
Enfim, como vocês viram o jogo começou INFINITO CHATO. Tão CHATO que, embora as duas horas dele tivessem sido programadas por mim para serem, das sete do plantão, as duas que passariam mais rápido, foram as mais demoradas. Tão chato que eu adiantei boa parte do trabalho do dia. Foi quase mais chato do que a novela das oito. E, sejamos sinceros, só melhorou lá dos 35 pro fim, quando o Real resolveu pressionar porque viu que o Atletico tava arregando. E eu explico o que aconteceu:
Eu gosto do Cristiano Ronaldo. Sim, sou uma pessoa estranha. Eu não gosto de maionese e gosto do Cristiano Ronaldo. Mais que do Messi. Isso porque, no FIFA 12, comecei a jogar com o time da Argentina e não consegui ME ENTENDER com LA PULGA. Ele corre de uma maneira que não consigo controlar e não aparece muito pro jogo quando tá sem a bola. Mas eu gostava de jogar com os hermanos. Higuaín, Di Maria, Tevez, Cambiasso e Lucho caiam bem no meu esquema. Resolvi então procurar algum time que reunisse argentinos – na mesma posição – para jogar, já que o meu Valencia tá mais falido que eu depois de comprar 350 empadinhas pro lanche da tarde.
Foi aí que encontrei o Real Madrid. Higuaín e Di Maria continuavam jogando bem no time espanhol e os merengues ainda tinham outro trunfo: CR7 joga demais no FIFA. Dribla muito, chuta muito e, principalmente: tá sempre livre. Sempre em posição boa pra partir pra cima da zaga e pro gol. Então eu, que odiava Cristiano Ronaldo e suas olhadas pro telão, comecei a gostar. E hoje tenho um pôster dele no meu quarto. Não, isso ainda não. Mas comecei a torcer pro Real por causa dele. E era aí onde eu queria chegar: Comecei a final da Champions torcendo pro time do rei. E o Atletico chegou ao 1 a 0 logo no início. Claro, eu estava torcendo pro Real. Obviamente daria tudo errado.
Depois de mais uns bons minutos de TÉDIO, deixei o jogo completamente de lado. Tinha mais o que fazer (de fato). Quando voltei a ver, comecei a pensar como todo homem ou mulher que gosta de futebol e está vendo uma partida em que nenhum dos times é o do seu coração. Comecei a analisar o quanto seria positivo para o futebol europeu, ultimamente dominado sempre pelos mesmos poderosos. Me deu um nó na garganta pensar, ali pelos 40 minutos, que estava próximo de um time sem tanto investimento ser campeão do maior torneio de clubes do mundo. O Valencia (embora falido) um dia seria capaz. A Croácia um dia seria capaz. O Xavante um dia seria capaz!!!!!!!
E aí veio o gol do Real. E outro gol do Real. E outro gol do Real. E outro gol do Real.
A final da Champions foi a perfeita tradução da minha vida.
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